quinta-feira, 27 de maio de 2010

Exposição Contra a Obesidade









Nos passados dias 20 e 21 de Maio realizámos uma exposição para assinalar o dia nacional contra a obesidade na qual dispusemos folhetos com informações bem como a possibilidade dos alunos calcularem o seu I.M.C. (índice de massa corporal)
Estas foram as informações sobre a nutrição que disponibilizamos nos vários folhetos entregues.



O que é a obesidade?
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade é uma doença crónica, sendo considerada a epidemia do século XXI.
A acumulação de gordura resulta de sucessivos balanços energéticos positivos, isto é, em que a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia gasta.












Dicas para escolhas alimentares compatíveis com uma alimentação saudável e económica :

- Planear e estruturar as refeições antes de ir às compras;
-Escolher embalagens de tamanho familiar e dividi-las em casa em pacotes individuais por refeição;
- Escolher carne e peixe mais económicos (aves, porco), e reduzir a quantidade total de carne que se consome;
- Elaborar uma lista de compras e cumprir essa lista. Assim não gasta para além do que precisa;
- Não esquecer as leguminosas, pois são boas alternativas ou complementos à carne, peixes e ovos;
- Não ir às compras com fome;
- Procurar levar consigo a merenda de manhã e/ou da tarde, evitando recorrer a snacks;
- Não esquecer a sopa no inicio das refeições. Com o estômago “forrado” sente-se menos apetite para o prato principal;
- Preferir fruta e hortícolas da época.






Necessidades energéticas segundo a idade
Crianças pequenas 70 kcal/kg/dia
Crianças em idade escolar e adolescentes 50 kcal/kg/dia
Adultos: 18-30 anos 35 kcal/kg/dia
30-60 anos 30 kcal/kg/dia
60 anos em diante 25 kcal/kg/dia

Gasto energético de acordo com a actividade
Andar de bicicleta (em passeio) 4 kcal/kg/hora
Bicicleta de montanha 8 kcal/kg/hora
Dançar 5 kcal/kg/hora
Caçar e pescar 5 kcal/kg/hora
Actividades caseiras de limpeza 2 kcal/kg/hora
Subir escadas com compras 8 kcal/kg/hora
Correr 8 kcal/kg/hora
Correr corta-mato 9 kcal/kg/hora
Actividade sexual 1 kcal/kg/hora
Golf 5 kcal/kg/hora
Rugby 8 kcal/kg/hora
Skate 7 kcal/kg/hora
Futebol-competição 10 kcal/kg/hora
Futebol- lazer 7 kcal/kg/hora
Squash 12 kcal/kg/hora
Ténis 8 kcal/kg/hora
Caminhada moderada 6 kcal/kg/hora
Ski moderado 7 kcal/kg/hora
Nadar 6 kcal/kg/hora
Caminhar na montanha 8 kcal/kg/hora

Doenças derivadas da obesidade
A obesidade acontece quando as pessoas comem mais do que gastam através da sua actividade física. Os indivíduos obesos correm um risco mais elevado de desenvolvimento de diversas patologias como:
- diabetes tipo II (não insulino-dependente)
- doença cardíaca coronária, hipertensão arterial, acidentes vasculares cerebrais, doenças do aparelho urinário
- alguns tipos de cancros (endométrio, ovários, mama, útero, próstata, colonrectal, bexiga, pâncreas, fígado e rins)
- dislipidemias (alterações das gorduras do sangue)
- doenças osteo-articulares


Obesidade e a adolescência
Adolescentes obesos têm fortes probabilidades de se tornarem adultos obesos, sobretudo as raparigas. A maior parte dos investigadores concordam que a principal causa de obesidade está relacionada com a reduzida actividade física e com a ingestão de calorias superior às necessidades. Durante a adolescência a actividade física influência o crescimento e o desenvolvimento do esqueleto ósseo, músculos e tecido adiposo em quantidades adequadas.
As carências alimentares durante a adolescência podem ser importantes sobretudo no que diz respeito a minerais tão importantes como o cálcio. A osteoporose pode surgir no segundo e terceiro terços da vida como uma das consequências de carências alimentares. Os distúrbios do comportamento alimentar, como anorexia nervosa, a bulimia e outros são comuns na adolescência e perturbam o desenvolvimento dos jovens. Podem ser causados por problemas psicológicos e influenciados por questões culturais, sociais e dietéticas. O tratamento de distúrbios alimentares é difícil e como enfermidades do foro da saúde mental devem ter um acompanhamento multidisciplinar com seguimento psiquiátrico e com o apoio de um nutricionista.


Alguns autores referem que:
¬ Mais de 60% dos adolescentes consomem habitualmente bebidas alcoólicas e cerca de 10% embriagam-se com frequência;
¬ Apenas 30% bebem pelo menos meio litro de leite;
¬ Mais de metade dos adolescentes não come a meio da manhã e um quarto não lancha à tarde, além de que quase um em cada dez não toma pequeno-almoço;
¬ Quase todos comem fritos com grande regularidade. Cerca de metade come frequentemente produtos de pastelaria e 2/3 colocam açúcar em todas as bebidas que tomam;
¬ Quase 30% das raparigas e 10% dos rapazes seguem regimes de emagrecimento violentos e sem supervisão (grande parte deles sem necessidade efectiva de perder peso).

Cada vez mais os adolescentes têm hábitos desregulados fortemente influenciados por técnicas de marketing e das cadeias de “fast-food”. Os hábitos desregulados originam a perda de estrutura alimentar (pequeno-almoço, almoço e jantar) sendo caracterizados por um “debicar” constante de alimentos muito calóricos e pobres em substâncias reguladoras.
A “junk food” ou lixo alimentar está em expansão no público adolescente. Garrafas, caixas, sacos, cores e “design” de cultura jovem são dos principais atractivos do lixo alimentar. Os alimentos denominados “junk food” são excessivamente gordos (mais de 40% contra o ideal de 25 a 30%) e doces (o açúcar pode chegar a fornecer 1/5 de todas as calorias quando não deveria ultrapassar os 5%). Os produtos “junk food” são desprovidos de nutrientes reguladores e protectores como as vitaminas, os minerais, as fibras vegetais e os antioxidantes.






Factores psicológicos que contribuem para obesidade:
:ঔ Muitos adolescentes comem como resposta a emoções negativas como tristeza, tédio ou raiva;
ঔ A reacção a uma contrariedade excessiva faz com que o indivíduo passe a consumir maior quantidade de alimento, adquirindo consequentemente mais peso;
ঔ Há uma visão errada de que obesidade, principalmente em crianças, é sinal de saúde e prosperidade, o que levará mais tarde ao desenvolvimento de adolescentes obesos;
ঔ Durante o período de compulsão alimentar a pessoa ingere maior quantidade de comida e sente que não consegue controlar a quantidade do que está comendo. Vale salientar aqui que aqueles com problemas de desordem de compulsão alimentar mais severos também têm maior probabilidade de ter sintomas de depressão e baixa auto-estima, o que acaba por tornar ainda mais sensível o quadro que a pessoa enfrenta.

Factores genéticos da obesidade:
- Na genética do indivíduo, estão as informações da quantidade de energia que ele irá precisar nos momentos de carência alimentar ou na falta completa desta. Desta forma, algumas pessoas conseguem comsumir mais facilmente tais reservas de energia, mantendo-se em seu peso ideal, enquanto outras não, o que pode levar à obesidade;
- A obesidade tende a ocorrer em membros da mesma família, o que sugere o forte impacto da herança genética. Ainda, familiares também compartilham hábitos de dieta e estilos de vida que podem contribuir para a obesidade;
Podemos assim dizer que a aparência do indivíduo é a soma da sua genética e de seu comportamento com o meio ambiente em que vive.




Factores ambientais que contribuem para obesidade:
Devemos considerar aqui o estilo de vida que a pessoa possui, onde podemos enquadrar também os pratos típicos da culinária da região em que se vive e a cultura em que se está inserido.
O adolescente obeso hoje
Com o desenvolvimento do problema da obesidade, os adolescentes obesos logo começam a desenvolver diversos sintomas ou consequências que os especialistas geralmente dividem em dois grupos, aspectos e aspectos clínicos:
- Aspectos psico-sociais
- Alteração da imagem corporal;
- Depressão, que tanto pode ser causa como consequência da obesidade;
- Dificuldade de relacionamento com amigos;
- Problemas escolares;
- Dificuldades de inserir-se no mercado de trabalho;
- Dificuldades quanto à pratica de desporto;
- Aspectos clínicos
- Alterações músculo-esqueléticas;
- Diminuição da função respiratória;
- Diabetes tipo II;
- Hipertensão arterial;
- Aumento de triglicerídeos e ácido úrico;
- Diminuição de HDL -colesterol.






O adolescente obeso de amanhã:
O adolescente em questão, devido ao excesso de peso e sintomas desenvolvidos, apresentará maior risco de desenvolver as seguintes condições:
- Hipertensão arterial;
- Diabetes tipo II;
- Enfarte agudo do miocárdio;
- Acidente vascular encefálico;
- Alterações ortopédicas;
- Neoplastias (crescimento exagerado de células, anormais ou não, que pode levar à formação de cancro);
- Alterações endócrinas;
- Diminuição da função respiratória.
Algumas dicas para a prevenção da obesidade
- Aprenda como escolher refeições mais nutritivas com menos gordura;
- Aprenda a reconhecer e controlar as características do ambiente que o fazem comer mesmo quando não está com fome;
- Seja mais activo fisicamente;
- Mantenha registo do que você come e das actividades físicas.


Tratamento da obesidade:
O tratamento deve iniciar-se após o diagnóstico da obesidade, que geralmente se baseia na redução da ingestão calórica (reeducação alimentar), aumento do gasto energético (prática de exercícios físicos e desporto), modificação comportamental e envolvimento familiar no processo de mudança.
Outras estratégias como a cirurgia e medicamentos devem ser avaliados e somente utilizados em casos mais graves, em que o tratamento convencional não está surtindo efeito e não haja maiores riscos às crianças ou adolescentes, pois estes estão em uma fase de maturação e crescimento.





Fotos:









sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Dicas para uma boa alimentação


Passo 1: Ter cuidado com o que compra.
Certifique-se que o que compra no supermercado é o mais fresco possível. Procure nas embalagens as datas de validade.


Passo 2:
Lavar sempre as frutas e os vegetais (mesmo que venham em embalagens com a indicação de “pré-lavados”)
As frutas e os vegetais podem ser portadores de agentes patogénicos mortais, particularmente se tiverem sido lavados ou regados com águas contaminadas com fezes.


Passo 3: Ter cuidado com os alimentos de “risco”.
Dê uma atenção especial a alguns alimentos de risco tais como rebentos de feijão crus, ovos crus e sumos não pasteurizados. O risco destes últimos passa pelo facto de não serem pasteurizados, não serem eliminados agentes patológicos como Escherichia Coli e Salmonelas. Se quiser beber um sumo fresco acabado de espremer, ferva-o antes para matar os germes.


Passo 4:
Cozinhar bem a comida.
A comida tem de ser bem cozinhada para matar as bactérias perigosas. Para serem seguros, os ovos devem ser cozidos até que a gema fique firme. Se reaquecer alimentos congelados, leve-os a altas temperaturas para matar as bactérias.


Passo 5
: Manter quente a comida quente, e fria a comida fria.
Embora a comida possa ser segura imediatamente após ser cozinhada, se permitir que o alimento fique sobre o balcão por mais de 2 horas, bactérias nocivas podem começar a reproduzir-se. Tenha em atenção que quanto maiores quantidades de alimentos são conservados no mesmo recipiente, maior quantidade de bactérias tem oportunidade de crescer, porque o processo de arrefecimento leva mais tempo.

Passo 6: Ter uma higiene correcta.
Isto significa lavar as mãos e fazê-lo com frequência antes de preparar os alimentos. As nossas mãos têm muitas bactérias e podemos espalhá-las quando entramos em contacto com os alimentos, e deste modo, contaminá-los.



terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Resultados dos inquéritos realizados na Escola Secundária com 3º CEB de Pombal








O nosso questionário....

Questionário sobre “Nutrição” Idade__
Sexo M__ F__
1. Achas que tens uma alimentação saudável?

Sim__ Não__

2. O que entendes por alimentação saudável?
__Comer bem, comendo com frequência fast-food e outras comidas muito calóricas.
__Comer tudo aquilo que gostamos indiscriminadamente.
__Comer um pouco de tudo, de uma forma equilibrada, sem exageros e completando, claro, com exercício físico.
__Incluir diariamente na dieta fruta e legumes excluído totalmente carne, pão, massa e arroz.

3. Costumas tomar o pequeno-almoço?

Sim__ Não__

3.1 Se sim, onde?

Casa__ Escola__ Outro local__________________

3.2 A que horas o tomas?

__h__min.

3.3 O que comes?
__Apenas leite, iogurte ou sumo __Cereais
__Leite e pão __Leite e fruta
Outros_________________________________

4. Quantas refeições fazes por dia?

1 a 2__ 3 a 4__ 5 a 6__

5. Costumas dar atenção aos rótulos dos alimentos que ingeres?

Sim__ Não__

5.1 Se sim, achas útil?

Sim__ Não__

5.2 São fáceis de entender?

Sim__ Não__

Exposição feita na nossa escola

No âmbito de Área de Projecto, expusemos no átrio da Biblioteca os resultados dos inquéritos realizados a alguns alunos desta escola, no passado dia 10 de Novembro.
Nesta podemos não só encontrar os gráficos correspondentes ás respostas obtidos, mas também dicas e conselhos para uma alimentação mais saudável, com o objectivo de tentar corrigir hábitos alimentares.
Apelamos à comunidade escolar, que visite a nossa exposição e participe nesta, deixando a sua opinião e expondo as suas questões na caixa de dúvidas, que futuramente irá ser colocada junto a exposição.


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

"Saber escolher...é saber comer"


No passado dia 21/10/2009 participamos na actividade “Saber Escolher…é Saber Comer”, desenvolvida no Centro de Saúde de Pombal com vista a aprofundar os nossos conhecimentos na área da nutrição, visto que é o tema que vamos desenvolver ao longo deste ano lectivo.
A dirigir este projecto encontrámos a Dra. Carla Louro, responsável pelo gabinete de nutrição no Centro de Saúde de Pombal, por quem fomos convidados a medir o nosso IMC (índice de massa corporal) e a descobrir um pouco mais sobre este assunto através da exposição lá realizada. Foram-nos facultados vários folhetos informativos e a promessa de colaboração da Dra. Carla Louro que se disponibilizou de imediato a ajudar-nos no que precisarmos para desenvolver o nosso projecto e divulgar este assunto.